quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Origem e as regras do jogo de pebolim

Jogadores alinhados. Tensão ao redor do campo nos minutos finais do jogo. Uma troca rápida de passes e... GOL!!!! A torcida vibra, mas os jogadores não saem do lugar, apenas giram e giram numa velocidade alucinante. A cena, difícil de imaginar num campo de futebol, só acontece graças a um jogo muito animado, o pebolim.
A origem
O pebolim, também conhecido como totó ou futebol de mesa, é um jogo inspirado no futebol, que consiste em bonecos presos em eixos que manipulamos atravez de manetes, possibilitando "jogar futebol" numa mesa.

Foi inventado em 1936, em meio a Guerra Civil Espanhola, quando o espanhol  Alexandre Finisterre, internado num hospital em decorrência de ferimentos adquiridos no conflito, notou que muitas crianças, ali pelo mesmo motivo, não podiam brincar. Com a idéia na cabeça, rascunhou o primeiro modelo e entregou ao amigo Francisco Javier Altuna que confeccionou a mesa e os componentes de madeira e metal que integram o jogo.
A invenção foi patenteada em 1937, mas, após escapar do fascismo na França, Finisterre perdeu os papéis da patente. Rapidamente o jogo ficou conhecido na Europa e, já na década de 60 ao retornar a Espanha, Alexandre encontrou o jogo já bastante disseminado, muito em parte ao trabalho de divulgação dos fabricantes de Valência o assumirem como jogo nacional.
O Jogo
Jogar Pebolim é tão divertido porque mistura agilidade , um esporte superconhecido e regras quase livres. Os jogadores usam figuras montadas em barras rotatórias para "chutar" uma bolinha até o gol do adversário. Para jogar vale criar um placar determinado como, por exemplo, quem fizer 10 gols primeiro, ou partidas por tempo.
O tamanho da mesa pode variar de fabricante para fabricante mas há oito fileiras de bonecos presos nas barras, quatro para cada jogador. Normalmente há um boneco para o gol, dois para a "defesa", cinco para o "meio-de-campo" e três para o "ataque" (num total de onze, como no futebol real), divididos da seguinte forma:
1ª barra Goleiro Time A 1 boneco
2ª barra Defesa Time A 2 bonecos
3ª barra Ataque Time B 3 bonecos
4ª barra Meio-de-campo Time A 5 bonecos
5ª barra Meio-de-campo Time B 5 bonecos
6ª barra Ataque Time A 3 bonecos
7ª barra Defesa Time B 2 bonecos
8ª barra Goleiro Time B 1 boneco

Podemos jogar Pebolim em duas versões: individual ou em duplas. Na versão individual um jogador fica de cada lado de mesa e é responsável por manipular todas as manetes do seu lado. Na versão em duplas, um jogador do time fica responsável pelo "goleiro" e "defesa" e o outro, por "meio-de-campo" (ou "meio-campo") e "ataque".
Existe regra oficial?
Aqui no Brasil e em Portugal, o Pebolim é um jogo, uma diversão entre amigos que praticamos em casas de jogos, escolas e clubes. Neste caso, as regras normalmente são combinadas a cada partida.
Mas, existem, desde a década de 1960, federações e associações oficiais em vários países que organizam campeonatos, claro, com regras bem definidas. Na página da Federação Brasileira de Pebolim.
Curiosidade
Um jogo e vários nomes
Poucos são os esportes que tem tantos nomes como o pebolim. Só no Brasil são três: para a maioria dos estados brasileiros é "totó", em São Paulo, Paraná, sul de Minas Gerais e Santa Catarina é "pebolim" (coloquialmente de "pimbolim"), enquanto no Rio Grande do Sul, é conhecido por "pacau" ou "fla-flu". Em outros países temos:
Portugal: matraquilhos ou matrecos.
Espanha: futbolín
Argentina: metegol
Estados Unidos: foosball
França: baby-foot
Alemanha: Tischfußball, literalmente "futebol de mesa".

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